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Os Homens Que Não Amavam As Mulheres

Posted by Caroline Buss on 07:09 in ,
Gente, desculpa de verdade por ter ficado tantos dias sem postar, estou tendo minhas provas finais da faculdade, então acabei deixando o blog de lado por esses dias. Prometo recompensar.
Bom, vi o filme sueco "Os Homens Que Não Amavam as Mulheres" no domingo. Sinceramente, recomendo muito o livro em que o filme foi baseado, escrito pelo sueco Stieg Larsson, que, infelizmente, morreu depois de ter um ataque cardíaco em 2004, pouco depois de entregar os manuscritos da trilogia Millenium. Ou seja, ele não acompanhou todo o sucesso que seus livros fizeram. Eu admito que, por enquanto, só tive o prazer de ler o primeiro e, por isso, só assisti ao primeiro filme também. Acredito que a maioria das versões cinematográficas dos filmes deixa a história a desejar. Ou tira o suspense, quando já conheço o desenrolar da história.
Mesmo assim, o filme sueco é impecavelmente fiel ao livro, o que me deixou surpresa e, ao mesmo tempo, muito feliz. O filme é brilhante, como o livro, e tem suspense, enigmas e atores incríveis. Além disso, a fotografia do filme é simplesmente perfeita: os lugares são muito lindos. Vale muito a pena assistir. Mas, para quem ainda não sabe, a história é um pouquinho pesada, para quem não curte uma história policial, não sei se recomendaria essa. Uma curiosidade: Stieg Larsson ganhou o prêmio de Melhor Romance Criminal da Academia Sueca de Ficção Criminal.
Sobre o enredo: Vanger procura o jornalista Mikael Blomkvist para descobrir o que aconteceu com sua sobrinha Harriet, que desapareceu há 40 anos. O jornalista mais tarde ainda tem a ajuda da jovem hacker Lisbeth. Uma história onde todos são suspeitos. Será que o jornalista, depois de 40 anos de busca pelos policiais do local, conseguirá descobrir quem é o culpado pelo desaparecimento e possível assassinato de Harriet?
A única coisa que realmente me entristece, e sinto muito pela sinceridade, é o fato de Hollywood estar fazendo o remake americano do original sueco. De verdade, não vejo necessidade de fazer uma versão americana. A sueca é brilhante. E acredito que esse remake ficará diferente do original, perdendo a fidelidade, e provavelmente muito americanizado. Mas isso é só a minha opinião leiga.
De qualquer forma, recomendo muito os livros e os filmes. Brilhante, brilhante.

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2 Comments


Oi Carol
Eu já havia lido os três livros quando surgiu o filme. Concordo com tua opinião, o filme é muito fiel ao primeiro livro. Apenas não sei se achamos isso por termos lido, pois já ouvi opiniões de pessoas que assistiram e ficaram confusas. Contudo, ainda assim acredito que a versão sueca será sempre a melhor que a versão que os americanos venham a fazer. O estilo de cinema é diferente. E, particularmente, prefiro o cinema europeu, que dá mais ênfase à história do que aos efeitos cinematográficos. Portanto, haverá quem prefira a americana se o que prefere diz respeito aos efeitos visuais. Enfim! Cada cinema, europeu, americano, latino, asiático, tem seu valor, por ser arte, mesmo que não passe de um simples blockbuster, pois a finalidade é o entretenimento, viajar na fantasia como se estivesse vivendo o real.
Já quanto aos livros em si, para mim tornaram-se cult, pois o autor conseguiu juntar, na história, várias questões fundamentais desta nossa época: violência contra as mulheres, corrupção das instituições públicas, relacionamentos não convencionais, enfim, há vários assuntos que podem demandar tópicos e tópicos de conversa a respeito. E acima de tudo, as personagens criadas são muito ricas, especialmente, a hacker, que para mim foi uma das melhores personagens que surgiu nos últimos tempos na literatura. Isso porque quando pensamos em literatura, ou lembramos da história contada, o que geralmente acontece hoje em dia, ou lembramos de personagens que marcaram, capitu, madame bovary, diadorim, etc, etc. Fazia um bom tempo que eu não era seduzida por uma personagem tão intensa, complexa, como essa hacker. Amei. E confesso que fiquei com uma pontinha de inveja, pois faz um tempo que estou em busca de uma personagem assim para meus textos, e está difícil.
Infelizmente, o escritor não nos contemplará mais com outros livros. A trilogia foi uma obra de fôlego, imagino que ele morreu tão novo, muito em razão disso (especulações minhas, óbvio).
Um beijão
Helô


Helô! Como é bom receber teus comentários, sempre me deixam feliz. A mãe me lembrou agora que compramos a trilogia porque tu vivia falando que a história era incrível...
É verdade, quando soube que iam fazer um filme, minha preocupação foi essa. O livro é muito longo para ser representado em duas horas de filme. Mas achei muitíssimo fiel mesmo, e foi ótimo ver todas as imagens que criei aparecendo feito mágica na tela da TV.
Acredito que a versão americana vai investir mais nos efeitos também, mas a minha crítica não é tanto a isso, já que ainda não vi o remake. O que me entristeceu de verdade é que atualmente as pessoas não valorizam o original, elas precisam "possuir" para ser bom. Os filmes europeus são ótimos, não perdem nenhum crédito por não serem americanos, então minha grande dúvida é: Para que fazer uma nova versão de um filme que foi lançado em... 2009, não foi? Não vejo motivo. E também acho que, sempre que recriamos algo, corremos o grande risco de mudar a essência. Acho que, se é sueco, deixe ser sueco. Mas talvez as pessoas discordem. Especialmente as que não leram os livros. Mas é isso mesmo, viajamos demais ao ler, ao ver filmes. Na verdade, tenho um gosto eclético, gosto de ver coisas em todas as línguas, já me emocionei com muitos seriados asiáticos. Acho que a arte está na diversidade mesmo!
Eu só li o primeiro livro, pretendo ler o segundo e o terceiro nas férias, mas concordo que Stieg Larsson conseguiu juntar muitas questões importantes numa história muito incrível, que não dava mais vontade de parar de ler, e depois nos faz refletir sobre aquilo. Lisbeth é ótima, eu gostei muito da forma como ele conseguiu deixar ela tão interessante, inteligente e rica, diferente das protagonistas de hoje em dia. Ela é realmente incrível. Também fiquei me sentindo assim quando li, gostaria de ter sido eu a inventar uma mulher tão cheia de detalhes, tão complexa e fascinante. Gostei muito da forma, digamos, "sutil", que ela encontrou para resolver alguns problemas.
Também pensei nisso. Pelo menos, ele teve tempo de nos presentear com uma obra tão fantástica!
Um beijo e bom fim de semana!

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